
Félix Redondo Adães Bermudes (Porto, 4 de Julho de 1874 - Lisboa, 5 de Janeiro de 1960) foi um escritor e dramaturgo português, presidente do Sport Lisboa e Benfica em 1916-1917, 1930-1931 e 1945.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Impôs-se desde muito cedo, ao lado de Cosme Damião, primeiro como atleta e, mais tarde, como dirigente. Praticou futebol, atletismo, ténis, ciclismo, tiro desportivo, esgrima, hipismo e natação.
Particularmente marcante terá sido a sua acção em 1906, quando, com Cosme Damião, evitou o desmoronamento do clube, contribuindo com dinheiro próprio para o efeito.
Foi um dos membros fundadores da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, primeira designação da Sociedade Portuguesa de Autores e foi seu presidente de 1928 até 1960, sucedendo no cargo a Júlio Dantas.[1]
A 27 de Outubro de 1934 foi feito 53.º Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense.[2]
Nos seus mandatos, o Benfica obteve três vitórias consecutivas no Campeonato de Lisboa (1915/16 a 1917/18).
Quando da sua segunda passagem pelo clube, em 1945/46 (em 1930, não aceitou tomar a posse), o jornal Os Sports, onde publicou muitos poemas, deu ênfase ao facto de Félix Bermudes pertencer a uma equipa de dirigentes que honram um clube e de significar para os mais novos a exemplar conduta para um irmão mais velho.
No último ano, em 1945, sagrou-se campeão nacional e resolveu o intrincado problema da sede da Rua Gomes Pereira, através da compra do edifício por 700 contos, a liquidar em 15 anos.
Cultura[editar | editar código-fonte]
Bermudes foi igualmente um homem de cultura, tendo deixado o seu nome ligado a um sem-número de peças teatrais, comédias, revistas (p. ex. a revista ilustrada Cine [3] de 1934), e guiões de cinema, sendo da sua autoria, em parceria com Ernesto Rodrigues e João Bastos, o guião do filme O Leão da Estrela de Arthur Duarte.
Em 1933 escreveu o texto da opereta "O Timpanas", com música de Frederico de Freitas.
Foi o criador do hino do Benfica, "Avante, Avante p'lo Benfica". O Sport Lisboa e Benfica foi obrigado pela Ditadura a deixar de usar esse hino, pela conotação comunista da palavra "avante"!
Também colaborou na revista O Palco [4] (1912). É ainda famosa a sua tradução do poema If de Rudyard Kipling.
Referências
- ↑ «Sociedade Portuguesa de Autores». Infopédia
- ↑ «Relação de Sócios Honorários» (PDF). Ginasiofigueirense.com
- ↑ Jorge Mangorrinha (25 de Fevereiro de 2014). «Ficha histórica: Cine (1934).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de Dezembro de 2014
- ↑ Helena Roldão (28 de agosto de 2013). «Ficha histórica: O palco: revista teatral (1912)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 09 de Janeiro de 2013 Verifique data em:
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